Troque sua babá por um tablet.

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A tecnologia invadiu nossas vidas, e isso é fato. Passamos o dia inteiro conectados, recebendo milhares de informações (muitas delas inúteis), e ficamos ligados a pessoas de todos os cantos do mundo (apesar de, muitas vezes, não sabermos os nomes dos nossos vizinhos).

O avanço tecnológico trouxe mais comodidade para as nossas vidas, mas ,ao mesmo tempo, tem nos tornado quase incapazes de realizar atividades que antes pareciam simples, como escrever à mão ou olhar nos olhos das pessoas durante uma conversa, prestando atenção ao que é dito.

Mas, eu não vim aqui para demonizar a tecnologia ( quem faz esse tipo de coisa, deveria ser condenado a morar numa caverna escura pra sempre), nem venho questionar a importância dela.

Minha pergunta é: Quando estamos prontos para a exposição aos tais estímulos tecnológicos? 

Devo confessar que tal dúvida surgiu quando eu vi um dos novos produtos da Fisher Price : O "Apptivity Seat". Basicamente, é uma cadeira de bebê com suporte para iPad.


O que mais me deixou chocada, é que o tal produto foi desenvolvido para recém- nascidos.

Não precisa ser especialista no desenvolvimento infantil para saber que o cérebro dessas criaturinhas está em formação e precisa ser estimulado e esse tipo de estímulo não me parece "correto", ou melhor, suficiente.

Minha mãe me contou que ,quando eu era bebê, me levava pra andar descalça na areia, me deixava rasgar páginas de revistas , colocava diferentes tipos de música pra eu ouvir, diferentes sabores, pra eu provar, permitia que eu interagisse com outras crianças...e , perto disso, uma cadeira com uma telinha me parece, no mínimo, idiotizante.

Não estou dizendo que fui criada da maneira perfeita, até porque não sei se isso existe, só acho que usar a tecnologia como única fonte de estímulo é muito pouco.

Já ouvi diversos discursos de mães dizendo que os filhos tem limite de horário para usar o computador ou tablet, mas isso nem sempre funciona.

Na prática, é mais ou menos assim: A mãe tem um milhão de coisas pra fazer, e, para que o filho não "atrapalhe", e fique "quietinho" , ela entrega o bendito tablet. Funciona, e ela agradece à "Santa Tecnologia" por essa babá gratuita.

Na hora em que ela se lembra de tomar o tablet, o menino se joga no chão e abre o berreiro. Como fazer parar?? Simples! Entrega o tablet novamente pro pirralho.

Não sei o quanto esse comportamento pode vir a prejudicar as próximas gerações.Deixo isso para os pesquisadores da área.

Na verdade, vou cruzar os dedos para que eu esteja errada, e que tanto tecnologia na infância, faça deles grandes gênios, capazes de descobrir a cura para o câncer e mais meia dúzia de doenças,né?

E você? O que acha?

Beijobeijo

Indira Lima

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