Sétima arte: Sexo sem compromisso

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O escolhido da vez é o filme "No Strings Attached" (2011), traduzido pro português pro infeliz nome "Sexo sem compromisso". Apesar do título não muito criativo, o filme seduz pelos nomes de peso que traz no elenco: Natalie Portman e Aschton Kutcher. Ok ok, o segundo não é tão de peso assim, já que só consegue atuar no típico papel do bonitão-bobão-fofinho, o que não é diferente nesse filme. Mas Natalie, como sempre, tem uma atuação impecável, e vocês vão concordar comigo, depois de assistir, que ela faria esse papel até plantando bananeira debaixo d'água...

Maaaaaas vamos à sinopse.



"Adam (Ashton Kutcher) ainda sente o fato de ter sido chutado por Vanessa (Ophelia Lovibond), sua namorada por oito meses. Para piorar a situação, descobre que ela é a nova namorada de seu pai, Alvin (Kevin Kline), um astro da TV. Desejando esquecê-la e seguir em frente, ele fica bêbado e, em seguida, liga para todas as mulheres que tem no celular, no intuito de encontrar companhia. Quem responde o apelo é Emma (Natalie Portman), uma jovem médica com quem encontrou algumas vezes, anos atrás. Adam vai à casa dela e eles acabam transando. Como Emma não deseja ter um relacionamento sério, já que teme sofrer, propõe a Adam que se encontrem tendo o sexo como único objetivo. Ele topa mas, com o tempo, novos sentimentos florescem entre eles."

Esse é o básico do básico que vocês devem saber sobre o filme, o resto só assistindo, não vou entregar o jogo! Bom, mas pra começar, estamos diante de uma comédia romântica comercial, o que já nos diz uma coisa importante sobre o filme: não espere nada cult, com referências históricas do pós-guerra, roteiro altamente original, excelente produção ou coisa do tipo. O objetivo aqui é usar duas horas do seu dia pra dar umas boas risadas, se derreter de amores e se enxergar pelo menos um pouco nos pensamentos, atitudes e personalidade dos personagens - e isso o filme faz com maestria. Resumindo: é um filme que segue receita de bolo, sem nada de muito original a acrescentar, mas que conquista pelo que tem de mais cotidiano: a representação do surgimento de um amor a partir de uma vontade ingênua de deixar os instintos carnais (leia-se: sexo) prevalecerem sobre os domínios do coração. O que eu quero dizer com isso é que, em algum momento da vida, a gente já teve medo de se apaixonar/machucar e botou defeito em tudo quanto é pretendente, como a Emma, ou já sofreu uma grande decepção e depois encontrou algo que te fez voltar a sorrir, como o Adam. Sem dúvida, o envolvimento deles é o motor do filme e posso dizer sem medo de errar: você se apaixona junto.
Acho quase impossível não se deixar cativar pela história, pelos trocadilhos ou não sentir "contrações ventriculares prematuras" com essa paixão (vocês vão entender a expressão em aspas depois que assistirem ao filme).
Quem é antenado em cinema vai perceber que a proposta desse filme é, se não muito parecida, igual a de "Amizade colorida", com Mila Kunis e Justin Timberlake, mas posso dizer que em questão de qualidade, eles ocupam patamares bem diferentes. (E aguardem a crítica de amizade colorida!)
Queria poder falar muito mais, mas prefiro deixar vocês no gostinho de assistir. Vale lembrar sempre que, por pior que o filme seja, a gente não pode julgar sem antes ter visto! Então, se você tem duas horinhas livres e é apaixonado por cinema, se joga! Não vai se arrepender!


Já preparam a pipoca?
Lari

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