Até onde vai a liberdade de expressão?

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 Numa época em que tudo que dizemos pode tomar proporções globais, em que revoluções surgem e se concretizam sem que as pessoas precisem sair da frente de seus computadores e em que as pessoas já não temem a censura (pelo menos aqui nas nossas bandas), até onde vai a liberdade de se expressar?

Uma das primeiras coisas que aprendi quando comecei a estudar Direito, é que não existem direitos ilimitados. Apesar de vivermos num Estado Democrático de Direito, não temos liberdade irrestrita, e até mesmo a vida, mas importante bem que o ser humano possui,  pode ser "levada a cabo" pelo Estado, ainda que numa hipótese bem rara.

Se o direito à vida, que é a vida, pode ser "limitado", o que leva algumas pessoas a acreditarem que os outros direitos também não podem?

Não venho aqui enaltecer a censura.Ela faz parte de um passado ao qual nenhuma nação merece retornar,e do qual algumas precisam "sair".

Mas,tem horas que começo a pensar que esse negócio de liberdade de expressão está caminhando pro lado errado,sabe? Basta fazer parte de uma rede social pra ver como tem crescido a intolerância , o desrespeito.

Uns evangélicos demonstrando seu apoio ao Marco Feliciano (não vou nem dizer o que penso desse cara,pra não alongar a conversa  ou criar uma úlcera), e irritando algumas dúzias de pessoas,das quais, umas e outras começam a atacar os evangélicos de um modo geral (mesmo os que nem gostam do Feliciano), deixando-os irritados e fazendo com que eles rebatam...e eis o ciclo vicioso da intolerância.

É nessas horas que me pergunto? Será que toda opinião merece ser compartilhada?

E aí lembro daquele ditado "Se a palavra é prata, o silêncio é ouro".

Você tem todo o direito de não gostar de homossexuais,de negros,de mulheres,de crianças...mas,será que o mundo precisa/quer saber disso?

Se não estamos prontos pra lidar com opiniões divergentes, críticas, que fiquemos calados. E, se achamos que nossa opinião merece ser divulgada, que ao menos possamos fazer isso com respeito ao próximo.

Sem mais.

Indira Lima


Um comentário:

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