Praticando a lei do desapego.

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Quem nunca ouviu a famosa frase "O ciúme é o tempero do amor?"

Se você já ouviu, e de certo modo concorda, é sinal de que temos algo em comum, ou pelo menos tínhamos.

Mergulhada em uma das minhas leituras mais recentes, "A cama na varanda", de Regina Navarro (super recomendo!), me deparei com as seguintes questões:

" Mas porque o ciúme é aceito como parte do amor? Por que se defende sua presença numa relação amorosa, mesmo sabendo que o preço pago é tão alto?"

Pensei, pensei e a única "resposta" que consegui imaginar foi: Ué! O ciúme mostra que a pessoa está interessada em nós, tem medo de nos perder.Um pouquinho só não faz mal,né?

Bom, segundo a autora, não é assim que a banda toca.

O ciúme tem muito mais a ver com dependência do que com o amor, e a raiz desse sentimento tão comum está na nossa infância.

É mais ou desse jeito: O bebê busca paz, aconchego e proteção no contato físico com outra pessoa, e quando, por um instante ele sente-se sozinho, chora até que alguém o pegue no colo e o  acalente.
Aí a criança vai crescendo, e a tendência é que essa dependência diminua, mas ela se vê frequentemente ameaçada de perder esse amor, o que significaria sua morte, e por isso se torna controladora,possessiva e ciumenta, desejando a mãe só para si.

Segundo Regina, o que a maioria das pessoas faz, quando adultas, é transferir esse sentimento para o parceiro (a).
Deixamos de ser dependentes de nossos pais, e passamos a ser dependentes de uma outra pessoa.
Não suportamos a ideia de sermos abandonados, ou trocados por outra pessoa e ainda queremos que o parceiro (a) "adivinhe" aquilo que estamos sentindo ou desejando, e que ele esteja sempre pronto a resolver isso, assim como a mãe que deve perceber de imediato se o bebê chora de fome, de frio ou de dor.

E desse modo, vamos achando que é normal controlar os passos, a vida do outro. 

Mas como pode ser normal  querer "ser dono" do outro? É saudável ser dependente de alguém desse modo? Acho que não.

Também não concordo que já nascemos assim e que assim morreremos. Como vimos, isso tem a ver com a educação que recebemos desde bebês, mas como não temos poder sobre nosso passado, o livro ainda nos aponta outro caminho: Manter a autoestima elevada:

"Quem tem a autoestima elevada se considera interessante e com muitos atrativos não supõe que será trocado com facilidade, e , se a relação terminar, sabe que vai sentir saudade , vai ficar triste, mas também vai continuar vivendo sem desmoronar."

Como vimos,aprender a "desapegar" é algo prático e que só depende de nós mesmos.

Não estou dizendo que isso se dá da noite para o dia.É um exercício diário.E digo isso com a propriedade de alguém que vem tentando praticar esse exercício.

Não é fácil, tem horas que dá vontade de desistir e dizer: "Mundo, me aceite assim, ciumenta e possessiva!!",mas aí a gente lê até mesmo aquelas frases de livro de auto-ajuda baratos, do tipo "Você é a pessoa mais importante da sua vida.",e esse esforço para "mudar", volta a fazer sentido.

É bom para o outro, mas é melhor ainda para nós mesmos.

Espero que vocês também decidam fazer parte desse "movimento"!

Beijobeijo

Indira Lima


 








3 comentários:

  1. "Não suportamos a ideia de sermos abandonados, ou trocados por outra pessoa e ainda queremos que o parceiro (a) "adivinhe" aquilo que estamos sentindo ou desejando, e que ele esteja sempre pronto a resolver isso". O cerne do post está aqui.

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  2. eu to muito mal to namorando sou ciumenta mais acho q ele ta com vontade de terminar comigo por que ele sair por ae se divertindo sem me dar noticias ,eu quero praticar a lei do desapego mais não consigo.

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  3. Alguém pode me ajudar ?eu amo ele mais ta dificil o nosso relacionamento,e to conhecendo nova pessoa que me dar carinho e atenção,mais sou fiel ao meu namorado,agora eu to me sentido confusa.
    Preciso de ajuda.

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